segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Magia do Outono em NY

Bom dia pessoal!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Sair da Ásia trouxe sentimento de tristeza, depois de mais de 3 meses por aquelas bandas, vivenciando tantas coisas. Experimentando uma cultura muito diferente da nossa, e todas as contradições que se vivência, aprendi muito lá, sobre aquele lado do globo e sobre mim mesma. Foi uma experiência intensa, que me marcou.

Estar lá tirou algumas ideias pré-concebidas que tinha sobre muitas coisas, desde a maneira de se portarem até a espiritualidade, sendo nesta última acho que foi onde mais ideias deste tipo foram embora.

E eles tem muito em comum com a gente, um certo jeito meio bagunçado de fazer as coisas, um certo improviso, a noção do “jeitinho”, o colorido, a simpatia, a simplicidade. Nunca me senti tão estrangeira e ao mesmo tempo tão em casa como por lá. Até nisto existe a contradição.

Na longa jornada até NY a tristeza foi aumentando e virou uma lagriminha.... Acho que juntando ao fato de isto significar que estou de volta nas Américas e que a viagem está acabando.

Cheguei em Nova York cansada, não somente pela longa viagem, mas com um outro sentimento que ainda não identifiquei.... não estava especialmente animada, vamos aguardar e ver no que vai dar.

Bom, acabei em NY por causa de uma escala e lá fiquei por 5 dias. O que dizer de Nova Iorque que ninguém já tenha dito? O que mostrar que ninguém já não tenha mostrado? É uma cidade enorme que de certa forma eu já conhecia, de tanto vê-la retratada nos filmes.

Central Park
Foi como encontrar a amiga de uma amiga sua de quem você sempre ouviu histórias, mas ainda não tinha conhecido, uma familiaridade distante ou uma infamiliaridade próxima. E assim fui, tudo com um sabor misto de déjà vu e novidade.

Ainda assim me emocionei, e me espantei, me deixei envolver. Acho que chegar no outono dá um sabor especial, com todas as árvores coloridas, numa poesia que não temos por aqui. Não cansava de admira-las, e fotografa-las claro. Deviam me achar meio patza, tirando foto de árvore o tempo todo.

E sim, o Central Park é lindo demais!!!!!!!!

Central Park
Central Park
NY Streets
Mas naquele conglomerado de gente e prédios, elas me traziam a suavidade que senti faltar em NY. É uma cidade corrida, de gente apressada, séria, cansada. De gente que demora horas pra chegar do trabalho em casa, dorme no metro, no ônibus, em qualquer lugar.

É uma cidade onde a aparência importa sim, e todo mundo anda meio que produzido, seja nas roupas, nos cabelos, na maquiagem ou nas unhas. Sim, as unhas são um acontecimento! Fiquei impressionada.

Uma das inúmeras lojas chiquetérrimas da 5a avenida

E eu que vinha da Ásia, de muito tempo pelo rural, com roupas já tão gastas depois de uso intensivo, era um peixinho fora d´água por ali.

Vamos ao MoMA?
O que me permitiu vivenciar tudo com um certo distanciamento e permitiu ver, além dos ternos de wall street, o fashion do Soho e o descolado do DUMBO, os vendedores ambulantes, os vendedores das barraquinhas, os “show man” que se espalham pela cidade.

Não sei porque mas com eles a proximidade foi mais fácil, maior. A maior parte deles está aberta a um bate papo. Escutei suas histórias, de como chegaram ali, do que acham viver em Nova Iorque, alguns até compartilharam seus sonhos e temores. Foi interessante.

E cheguei a conclusão que deve ter pouquíssimas pessoas de NY em NY. É um mar de imigrantes de tudo quanto é canto, somado ao mar de turistas que lá estão e tem-se uma multidão bem heterogênea.

É uma cidade de deliciosos clichês, daqueles que vemos pelas telinhas: O vendedor de cachorro quente, os artistas de break, os prédios símbolo da cidade.


Street Dancers.... um show a parte
Super Barracas de cachorro quente
Famosos taxis amarelos

Passeadores de Cachorro.... na verdade estão....sentados....
Praticando desde cedo
Encarei o maior de todos e me enfiei na balsa gratuita que vai até Staten Island para poder ver Nova Iorque se afastar e a Liberdade chegar :-)

Crowd de turista esperando a balsa chegar
Nova Iorque se afasta.....
e ela se aproxima..... piegas mas emocionante
Passei em frente do estádio dos Nics, muito consciente dos perigos....


Andei por outras vizinhanças, procurando novos ângulos da cidade

Ponto do Brooklyn, vista de D.U.M.B.O.

Perambulei sem destino certo pela Itália e China (que matou um pouco da minha saudade asiática), vendo gente típica e gente descolada...



Fui nos parques, nas praças e calçadas. Vi todos os prédios famosos e curti :-)

Dá emoção sim estar aqui.... e o espaço ficou lindo!
e eles seguem sempre homenageando

A famosa arvore de Natal do Rockfeller Center sendo montada.....
O zoológico da Times Square, quem nem quadrada é...... hahahahahaha

A impressionante Biblioteca de NY.... gente fiquei passada!!!!!!!!!!!!!!

O estranho e misterioso Flatiron Building

Comi o atual melhor cookie da cidade, realmente de derreter a alma mais dura....

hummmmmmm
E claro, pizza.... lembrei do Joey do Friends hahahahaha

hummmmmmm 2
Fui no show do Greatful Dead na Madison Square, inesquecivel mas compriiiiiiiiiiido demais hahahahaha

Vi um pouco de como as casas se enfeitam para o Halloween e achei muito legal

Já meio no bico do couro mas ainda assim legal 
Participei de uma investigação criminal junto com os CSI......


E até deu pra chegar pertinho deste ilustre senhor...

Até Indiano (eles aqui traveis) faz fila para uma fotinho com o Papa :-)

No fim me diverti e gostei, mas não viveria por ali, é dura demais, apressada demais, gente cansada pelos metros... O que me faz lembrar que São Paulo também é dura, apressada, cansada.... 


Levo comigo dias interessantes e bonitos, e uma sensação de dever cumprido, tipo, Manhatan conhecida, agora é só desbravar o resto de NY....... numa próxima viagem, quem sabe....

Beijos e até a Costa Rica!

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Hong Kong: muito além da selva de pedra

Olá todo mundo!

Minha estadia em HK foi muito especial pois fui visitar um amigo querido. Nos conhecemos desde muito pequenos e, apesar dele ser verdadeiramente um cidadão do mundo, vivendo em todos os cantos deste planeta, conseguimos nos encontrar de tempos em tempos em algum país distante (e desta vez, bota distante nisto hahahahaha)

Cheguei quase a meia notei do dia 31 de Outubro, dia das bruxas, e descobri que a  comemoração de Halloween é levado beeeeem a sério por lá. Todo mundo se fantasia e vai para as ruas celebrar. As pessoas realmente investem na produção e foi até um pouco assustador, hahahahahaha.


Vira uma grande festa, e foi uma recepção e tanto. Fui dormir super tarde, toda alegrinha, hahahahaha. Ainda bem que não tem fotos para registrar, hahahahahahaha

Domingão preguiçoso, fomos almoçar e fui apresentada ao "escalator". É simplesmente a maior escada rolante outdoor do mundo, com 800 metros de comprimento e 135 metros de ascensão. É impressionante..... e interminável. Subir todo o sistema leva 20 minutos! São mais de 55 mil pessoas usando este meio de transporte diariamente.


Foto google: escalator

A note jantamos com os amigos do meu amigo e foi tudo muito, muito, muito gostoso. Gente de diferentes partes do mundo, acho que nesta mesa tinha mas 7 ou 8 nacionalidades diferentes. Verdadeira torre de babel!

Galerinha do bem

Até então eu tinha conhecido apenas a Hong Kong Island, que é apenas uma parte do país. Acho que andei faltando em umas aulas de geografia, pois não tinha muita ideia do que era HK).

google maps
A ilha é exatamente aquilo que imaginamos, muita gente, muito prédio, muito urbana.

Atravessar a rua é uma aventura! 
Os prédios comerciais são um acontecimento. Altíssimos (normal ter mais de 40 andares) e lindíssimos.




Mas a preocupação com o verde existe, e em todo canto se vê árvores, parques e praças, tornando a selva de pedra mais bonita


Como em tudo na Ásia, aqui também é um país de contrastes e contradições, onde o moderno e o antigo convivem, e onde duas HK coexistem: a ocidental, dos expatriados e milhares de estrangeiros que lá vivem, e a oriental, numa mistura interessante de se ver.

Ponto de encontro local

Entendeu?

Mercado de rua 

Docinhos em supermercado local

Sim... elas inda existem aqui!

Adorei andar pelas ruas e me deixar levar pelos contrastes da cidade.

O que pouca gente sabe é que HK vai muito além disto. Muito além! Basta pegar um metro e em poucos minutos se está totalmente afastado desta loucura toda, imerso em natureza. E foi isto o que me encantou e me seduziu: vivenciar o conforto da cidade com a possibilidade de escape para o meio do mato, ou para a praia em tão pouco tempo.

O meio do mato está super bem representado em duas atrações famosíssimas. A primeira delas, fica em HK Islands e é conhecida como The Peak, É a maior montanha de HK, com 552m, e abriga as residencias dos ricos e famosos.

A vista de lá é engraçada, pois de um lado se vê toda a ilha de HK e seu mar de prédios.



Mas andando um pouquinho aparece o outro lado da ilha, ainda praticamente inabitado. Um tanto surreal!


Para se chegar lá tanto se pode tomar um simpático bonde ou ir subindo a pé mesmo. Adivinha qual que fiz ;-). No topo tem um shopping (ha vá..... HK adora um shopping), um café e milhões de turistas.

Agora, pra quem procura um verde mais "selvagem", em 20 minutos chega-se na ilha de Lantau, onde fica o famoso Big Buda. Uma vez em Lantau pode-se pegar um ônibus ou subir de bondinho.

O bondinho é uma atração a parte, com 5,7 km de extensão, levando 25 minutos para chegar no topo da montanha, e faz até umas curvas. É incrível. Mas o maior saco, pois todo mundo quer ir e a fila é gigantesca. Eu tive que ficar 1:40h na fila, esperando..... Melhor ir de ônibus, que leva somente 1 hora e é um décimo do preço.....


bondinho
Melhor ainda é fazer a trilha a pé, São 10 kilometros de escadaria e aproximadamente 3 horas para se completar..... Não fiz pois simplesmente desconhecia sua existência, mas deu uma vontade....

Trilha a pé....delícia!

Chegando lá tudo se esquece..... o Buda é lindo. É enorme e mesmo sendo assim, apinhado de turista, consegue passar uma calma e plenitude impressionante.

Big Buddha
Oferendas aos pés do Buda
Vista do mosteiro

Mosteiro

Lá também é um parque nacional, com diversas opções de caminhadas, desde poucos minutos até dias. Tem um albergue, então pode-se fazer as trilhas, dormir por lá, e voltar no dia seguinte. Super interessante, pena que não fui nada preparada, e não pude me aventurar mata adentro.

De lá se pode pegar um ônibus para ir a uma vila de pescadores da redondeza, chamada Tai O. Não fui porque me perdi no horário, de tão encantada que estava, mas parece interessante. Fica a dica!

Tai O, foto google

E para completar a sessão natureza, o lado praia! :-) . Fica na HK península e se chama Stanley. Uma gracinha.... Tava meio frio, então não entrei no mar, mas a cidade é fofinha.




Outra atração que não se pode deixar de ir é ver o show de luzes da cidade. Funciona assim: todos os dias as 20:00 os prédios icônicos de HK, voltados para a costa, fazem um show de luzes, aparentemente comemorando o anoitecer..... É bem legal de se ver.



E para finalizar não poderia deixar de mencionar que reencontrei a galerinha que tinha conhecido no Laos para uma jantar num restaurante vegetariano super descolado. Foi uma noite super gostosa, sempre bom rever amigos (ainda mais quando ganhamos de presente uma delícia tipicamente brasileira..... um pão de queijo, presente do querido Guilherme. Juro que quase chorei ao ganhar, tamanha a saudade que estava de comer um redondinho destes)

Lau Shuk, Cheng Hoi, Guilherme, Glória e eu!
Delícia mineira, que saudades!

Deixo Hong Kong de coração alimentado, rumo a Big Apple :-)

Ah..... lembram da galerinha da Mammadu? Então, para comemorar os 4 anos de existência eles encenaram uma versão mais comprida da peça dos rinocerontes. E para me homenagear acrescentaram uma visita ao Brasil... quando recebi as fotos fiquei super emocionada.. de chorar né?

Carnaval do Brasil

4 anos da Mammadu!