quarta-feira, 29 de julho de 2015

Alemanha

Bom dia pessoal!

Semana passada finalmente fui embora da Islândia, deixando meu coração, em direção a terra de uma parte de meus antepassados, a Alemanha.

Foi uma pequena parada, de menos de uma semana, e me dividi entre Stuttgart, visitando a Thirtza, que havia conhecido na Islândia e Munich.



Bom, depois de passar 3 semanas trabalhando no meio do nada na Islândia, podendo pedalar ou caminhar horas sem ver viva alma, chegar em Stuttgart foi como chegar numa mega metrópole. Tudo era over: muitas pessoas, carros, cores, barulhos.....

Comentei com a Thirtza que Stuttgart era enorme, e ela disse, imagina, são só 600 mil habitantes..... Hahahahaha, depois que me acostumei com cidades de 2 mil habitantes, 600 mil é uma China inteira!

Na verdade nos encontramos no meio do caminho, numa cidade chamada Ulm. Eu estava muito cansada,os voos da Islândia obedecem um horário esquisito, tudo no meio da madrugada. Não consegui curtir a cidade tanto assim, mas visitei a famosa igreja Ulm Munster, a mais alta do mundo, e paguei os pecados subindo os famosos 768 degraus, numa escada apertada.



Ulm Munster, foto google
Começou a ser contruída em 1377 mas foi totalmente acabada apenas em 1890, mais de 500 anos depois! Sobreviveu praticamente incólume aos bombardeiros da segunda guerra mundial, mesmo com 80% da cidade tendo sido destruída!

A vista do alto é linda:

Vista de Ulm

Tinha uma exibição dentro da catedral, com um sol gigantesco que interage com os visitantes e replica como é a superfície solar. Super interessante



Stuttgart é uma cidade derivada de um reino, e minha amiga tem muito orgulho de sua história. Fizemos um tour guiado que foi bem interessante pois aprende-se bastante sobre coisas e lugares que, de outra forma, não saberíamos

Famosa torre da Mercedes, um dos símbolos da cidade

No centro de Suttgart: adorava ficar a qui e olhar a cidade acontecendo

Bom, tenho que contar algo. Acordo no meio da última noite para ir ao banheiro e enquanto estou fazendo minhas vontades vejo uma caixa se mexer. Pensei: pronto, uma barata! Aí lembrei que minha amiga disse que não tem barata na Alemanha, então....... Ai Meu Deus, era um camundongo. Dei um pulo, saí do banheiro correndo e fechei a porta, deixando o ratinho lá dentro.

Camundongo

No outro dia avisei minha amiga que foi tirar o tal de lá dentro. Procura que procura e nada. Bom, vai ver ele saiu pelo ralo, sei lá. Vou escovar os dentes e tenho uma intuição..... jogo minha necessaire no chão e...... o danadinho tava lá dentro. Gritei e subi na cadeira (tipo louca mesmo) e a Thirza teve um trabalhão para tirar o rato da casa.... Resultado: fiquei sem escovas de dentes, pois não ia arriscar usar uma mijada de xixi de rato..... ai que nojo!

A viagem para Munich foi tranquila, o trem da Alemanha é muito bom, apesar de bastante caro. Fico impressionada como a Alemanha, ao menos nesta parte, é verde. Tem árvore para tudo quanto é lado, super bonito. Sei lá, imaginava a  Alemanha cinza e dura, e no verão é verdejante e alegre.

Em Munich fiquei hospedada no airbnb com a Bárbara, uma mulher de 63 anos, cheia de vida e energia. Nos conectamos de cara e foi uma estadia super legal, até saímos uma noite para perambular pela cidade e tomar umas cervejas (Augustiner, feita aqui, na Bavaria, super gostosa). A Bárbara já rodou o mundo, foi casada duas vezes, uma delas com um caribenho, ama black music e é super divertida;

Minha amiga Bárbara!
Cerveja Augustiner, um orgulho regional que nem anuncio faz: vende-se sozinha, desde 1328

O povo daqui também tem o maior orgulho de serem bavarios e acho isto bastante interessante.... é como se antes de serem alemães, fossem regiões, ou seja, após mais de 50 anos da criação da Alemanha, os sentimentos regionais ainda são super importantes. Mas eles também tem muito orgulho de serem alemães, embora hesitem muito em admitir.

É como se ter orgulho de ser alemão fosse vergonhoso. Eles ainda carregam uma culpa muito grande pelo Holocausto, mesmo as gerações novas, que nem sonhavam em existir quando tudo aconteceu. E tem medo de que possa ocorrer de novo, pois o partido neo nazista e de extrema direita ganham força em toda a Europa.

Mas acho que eles tem todo o motivo ara se orgulharem, pois a Alemanha foi quase que toda destruída após a segunda guerra, reerguida novamente e, em pouco mais de 30 anos, torna-se um país rico e produtivo. É muita eficiência né?

Diferentemente de Stuttgart, Munich é lotada de turistas de tudo quanto é canto. É uma salada cultural. Além dos turistas todos os refugiados, os turcos e africanos, e a "cara da cidade" já não é loira de olhos azuis.

No primeiro dia fiz o roteiro super turístico conhecendo o centro e suas atrações.

Frauenkirche, a catedral de munich

Vista da cidade após a longa subida :-)

Atrás da catedral tem um mercado de comidas, o Viktualienmarkt, que vende direto dos fabricantes, desde 1.807


Eles vendem de tudo lá. Olha a quantidade de linguiças que a Alemanha tem!


Estes são corações Lebkuchen, que estão por toda a cidade e remontam do século 13. Originalmente eram dados no Natal ou por um pretendente à sua escolhida, mas hoje lotam as ruas de Munich :-)


Outra coisa que me impressionou foi uma barraca vendendo cogumelos. Gente, existe uma variedade de cogumelos que nem imagino! Queria ter comprado todos e iniciado experimentos na cozinha


Tinha muita gente vendendo também as rosas de Jericho, uma planta super interessante, do deserto, que se abre quando existe umidade, espalhando suas sementes, e se fecha, como se estivesse morta, durante o calor, para se preservar.

Aqui ela esta fechadinha, parecendo morta
Aqui ela aberta, foto google

Uma das coisas que mais gostei em Munich é que eles tem, bem no coração da cidade, um parque imenso, o chamado Englischer Garten. Vai do centro da cidade até o limite norte. sendo maior que o Central Park nos EUA. Foi criado em 1.789 e tem 3,7 km²




Ele é tão grande que consegui pedalar horas e ainda estar nele, encontrando pequenos tesouros, como este trecho do rio, perfeito para banhar-se


Dáa pra fazer de tudo, correr, andar, pedalar, namorar, sentar, brincar e até... surfar. Isto mesmo! O lugar conhecido como Surfers Point e produz ondas constantes  de 1 metro de altura. Dizem que é dificil...



Outra coisa interessante da cidade é o monumento a Michael Jackson, feito espontaneamente pelos fãs do rei na base de um famoso compositor clássico (Orlande de Lassus), em frente a um hotel 5 estrelas onde MJ se hospedou quando em Munich. A cidade tentou "limpar" a estátua das homenagens diversas vezes, mas os fãs sempre acamabm retomando as homenagens. Adorei.




E finalmente, passar por Munich sem conhecer o famoso bar Hofbräuhaus não dá...... bar tradicional, frequentado por turistas e por locais, produz uma deliciosa cerveja.



Eu já gostava de Munich antes de estar lá, pela simples sonoridade do nome. E a cidade é realmente incrível, super vale conhecer.

Um beijo enorme e até mais!

sábado, 18 de julho de 2015

Chegadas e Partidas

Bom dia pessoal

Nossa, o tempo voa, não importa aonde estejamos. Já estou quase na metade da viagem, e já saindo da Islândia, o que mei deixa triste pois amei este país, mas também feliz pois estou partindo para uma nova etapa.

Eu não esperava nada da Islândia... vim sem conhecimento prévio do que encontraria, e sem expectativas. O começo foi duro para mim, pessoa do calor e do sol, mas ao final da segunda semana já havia me encantado com este país, e acabei me apaixonando.

É um lugar singelo, duro e simples e isto se reflete nas pessoas que aqui moram. São pessoas sem frescuras, simpáticas mas um pouco distantes, simples na maneira de ser. Diretas no trato, um pouco ingênuas até.

As construções não são bonitinhas e decoradinhas, mas funcionais e preparadas para lidar com o tempo rigoroso e exigente.

A língua é complicadíssima, com uma gramática impossível e dura de se ouvir. O sotaque com que falam inglês é delicioso.

Ég að fá morgunmat á hverjum morgni og ég eins og að borða korn , ostur og brauð

Um povo que encontrou um meio lúdico de lidar com um tempo tão extremo: mais da metade da população acredita (ou ao menos não duvida) em elfos, trolls e pessoas invisíveis!

Sério, se você quer construir uma estrada ou uma casa, deve-se verificar primeiro se não irá perturbar os elfos.

Casa de Elfo em Selfoss

Esta foi a manchete mundial em 20 de Junho de 2014 (fonte BBC):

Plans to build a new road in Iceland ran into trouble recently when campaigners warned that it would disturb elves living in its path. Construction work had to be stopped while a solution was found.  (O projeto de construir uma nova rodovia na Islândia enfrenta problemas pois incomoda os elfos)

 Não é incrível? Um povo tão duro, com uma crença tão irreal..... Acho o máximo!

A música também é doce, gostam muito de rock indie, tipo Bjork mesmo. E que outra trilha sonora combinaria mais com um mundo mágico?

Este é um cantor muito famoso na Islândia (clique no link para escutar):

Sigur Ros

Mas eles também tem reagge (clique no link para escutar):

AmabAdamA

A comida daqui também é simples: carneiro, cavalo e peixe, além de muito alcazuz, que descobri adorar, ainda mais quando envolto em chocolate  :-)

Foto Google: chocolate recheado de alcazuz


Espero levar daqui o aprendizado de adaptação ao rigor, de aceitação do que vier, de ser forte, de não me deixar espantar com pequenos obstáculos diários e de saber que a vida oferece muito, mas cobra muito também. E encarar tudo isto com um jeito élfico!

Islândia não é para fracos. E olha que encarei somente o verão, com o sol a pino o tempo todo (uma das coisas que mais amei). Imagino no inverno, onde ficam sem luz do sol por meses.....ta aí uma experiência que um dia quero ter auto-conhecimento levado a expoência!

Terei muitas saudades daquei, das montanhas coloridas, dos lagos, da claridade, da simplicidade, dos passeios de bicicleta e da paisagem exuberante. mas acima de tudo da liberdade de poder fazer o que quiser sem o MENOR medo de ser assaltada ou roubada.

Acho que é isto, acho que até trocaria o calor do Brasil pela permanência deste sntimento de viver sem medo.

Nestas últimas 3 semanas trabalhei num acampamento de escoteiros chamado  Úlfljótsvatn.


É um lugar "enorme"  que no verão oferece acampamento de férias para a garotada, além de ter um lugar para quem quiser acampar (escoteiro ou não) e albergue.

Lago que margeia o acampamento

O trabalho consistia basicamente em dois grupos: na cozinha, ajudando a preparar as refeições, servindo a comida e lavando tudo depois ou na limpeza dos quartos. O trabalho na cozinha é enorme, são 6 horas non-stop. Já na limpeza é um pouco mais tranquilo.



Aqui trabalham 3 grupos de pessoas:

- o staff regular, formado de escoteiros que se dividem nas mais diversas funções, desde o gerenciamento do lugar até a monitoração da garotada.

- Os voluntários do workaway (onde me encaixo). Na média tem sempre mais ou menos entre 7 a 10 voluntários. Não recebemos dinheiro mas trocamos o trabalho por comida e acomodação.

Esta é uma forma de viajar muito comum entre os jovens europeus. Vários deles passam meses viajando desta forma, é muito legal.

- O terceiro grupo é formado por jovens de 13 a 16 anos que estão fazendo um trabalho de verão. Funciona assim: você se inscreve na prefeitura e, se aprovado, consegue um trabalho remunerado por 3 meses. Deve-se trabalhar por 6 horas diárias.

Momento de diversão...

O trabalho regular é limpando praças, jardins e parques da cidade, mas a prefeitura de Selfoss tem um convenio com este acampamento, então pode-se trabalhar aqui também.

Fico imaginando o que falariam no Brasil se fosse implementado algo semelhante: exploração infantil.... mas aqui eles curtem e tem até fila de espera para se conseguir o trabalho.


Meu alojamento

A experiência aqui foi interessante e divertida. A administração do lugar é meio solta (“fofa”, como diria uma amiga) e tudo fica sem muito controle ou planejamento, mas acaba funcionando de alguma forma (até parece o Brasil, hahahahaha). Esta mesma soltura permite que voce tenha muita liberdade e autonomia, o que me agradou bastante, além de poder emprestar caiaques, tendas, sleeping bags, e bicicletas. Tudo o que se precisa para ser feliz!

Vista de uma montanha próxima

Dei muita sorte de fazer amiguinhos logo de cara, pois senão teria sido difícil e solitário. Meu grupo é o mais improvável possível: Feliccia, uma alemã de 23 anos, com uma cabeça incrível, e Magnus, um islandês de 15 anos muito legal. Juntos passamos muitas horas, trabalhamos, dançamos, tricotamos, cantamos e nos divertimos.


Magnus

Feliccia e eu

A rotina é trabalhar, ler, tricotar (um hobbie que comecei aqui e que estou adorando, apesar de perceber que o suéter que estou fazendo ter ficado pequeno e acho que não vai me servir, hahahahahaha), passear de bicicleta, andar de caiaque, correr, fazer trilhas e mergulhar no lago gelado.

Barco do acampamento
lago de 4 graus! Uia....

Um dia fomos convidados para jantar na casa do Magnus e acabamos ficando para dormir. Foi esquisitíssimo ter a mãe dele cuidando de mim, afinal sou mais velha que ela, hahahahahaha.

irmã do Magnus, uma fofa!
(clique no link para escutar)

Sia - Chandelier

Selfoss é uma cidade pequena e um dos “to dos” é tomar sorvete na sorveteria local, que bomba nos finais de semana.... Realmente é muito gostoso, experimentei 3 vezes!!!!!

Ísbúð Huppu - sorveteria

Nestas 3 semanas tive 3 dias livres e fomos, a Feliccia e eu, acampar num lugar chamado Landmannlaugar. Lugar lindo, de montanhas coloridas. Infelizmente minha única máquina era o celular e, sem bateria, não pude tirar fotos... pego do Google então e "chupinho" algumas da Feliccia.

Foto Google


Fizemos trekkings incríveis, um em especial que foi muito difícil, meio escalada, meio derrapada, meio caminhada, me deu muito prazer ao chegar ao topo do vulcão....

930 metros de altura, no topo do vulcão!

O frio a noite era intenso, com temperatura beirando o zero grau. Ainda bem que o acampamento me emprestou um bom saco de dormir e isolante térmico, senão teria congelado!

Mas.... eles tem um rio quente! :-O

Isso mesmo, no rio gélido, de águas vindas diretamente das geleiras, existe uma fonte de água fervente, fazendo um trecho do rio ficar super quentinho. Delicioso banho natural depois das caminhadas.



Acampar é um modo de viajar muito comum na Europa. Todo mundo faz, seja jovem ou velho (tava cheio de senhorinhas de cabelos brancos acampando) e que no Brasil não é comum.

Percebo que o Brasil tem uma forma muito limitada de viajar e se relacionar com as férias, sempre em hotel, de preferência all inclusive. Na Europa meio que topam tudo, são mais exploradores e tal. Claro que tem o fator segurança, não dá para pedir carona no Brasil, por exemplo. Mas acho que isto molda um pouco nossas mentes e fecha um pouco nossos horizontes.

Espero ter expandido o meu um pouquinho nesta viajem :-)

E como despedida, um último trekking na montanha próxima do acampamento, que oferece uma super vista, além de ter um logo no topo (nunca tinha visto isto). Subida e descida árduas, mas que valem a pena





Um beijo a todos e até mais!



Ah.... e para não perder o costume: A garotada da Mammadu ganhou uniforme de futebol. O Petrus até rezou antes do jogo :-)


domingo, 5 de julho de 2015

On the Road - Livre para viver



Bom dia pessoal

Semana de grandes viagens. Pela primeira vez na vida fiz uma road trip totalmente livre. Tinha disponível uma semana antes de começar no novo trabalho e a Thirza (a alemã da primeira semana) e eu alugamos um carro e saímos rodando a parte sul da Islândia, escolhendo onde dormir pela beleza do lugar e montando nossa barraca onde achávamos ser legal. Foi incrível.

Estrada vista do carro
Nossa Barraca
Nossas Companhias
O conforto não é grande, mas a liberdade é imensa. Dormir onde se quer, sem planejamento, vivendo cada dia de uma vez, se maravilhando com as lindezas do caminho e tomando banho nas piscinas naturais. Me senti muito viva.

O sul da ilha é realmente lindo. Vimos muitas coisas interessantes, e exóticas, e me apaixonei pelo país.

Saímos de Reykjavik em direção a Hofn, uma pequena cidade no sudeste da ilha.

Foto Google


A primeira parada foi numa piscina natural chamada Seljavallalaug. Para se chegar lá é necessário fazer uma trilha de uns 30 minutos e atravessar um rio muito gelado, que, literalmente, congela seus pés. Mas vale a pena, a piscina é deliciosa e a vista, incrível.

Rio gelado na trilha.

Piscina Natural
Por toda Islândia tem vários trekkings a serem desbravados, escolhemos um pelo meio do caminho, que leva ao túmulo do segundo settler da Islândia, um vikking chamado Hjorleifur, que fica no monte Hjorleifshaugur, não muito difícil de fazer, mas bem legal.

No caminho da trilha

Paz no alto do pico

e o mundo pertence a mim!

Já quase em Hofn, uma parada no imenso Glacier Vatnajokull, que ocupa 8% da área da Islândia. Para vê-lo em sua totalidade, somente de helicóptero, mas tem um pedaço dele onde icebergs se soltam e caminham no rio em direção a praia. É de se tirar o folego:





Icebergs que navegam calmamente em direção ao oceano..... deu até para ver focas ;-)

No caminho de volta a Reykjavick paramos no parque Skalafatell, uma paraíso para quem gosta de caminhadas. Tem pra tudo quanto é gosto, desde 30 minutos a 5 dias, e com diferentes graus de dificuldade. Escolhemos uma bem simples, que levava a uma cachoeira linda:
Trilha

Cachoeiras
Nosso destino final seria uma ilha chamada Vestmannaeyjar, mas fizemos uma parada rápida numa montanha onde acredita-se que vivem elfos:

,
Se eu fosse um elfo, viveria aqui ;-)

Também aproveitamos para uma parada rapidérrima no vulcão Eyjafjallajökull, aquele que causou um estrago nos voos europeus em 2010, lembram? 



Olhando ele agora, não parece grande coisa, mas em ação....

Foto Google


Para se chegar as ilhas Vestmannaeyjar tem que se pegar uma ferry. O mar é turbulento e enjoa um pouco. Estas ilhas são conhecidas como o lugar com mais vento na Europa...... e é verdade. Gente, venta demais, fica até um pouco irritante.

Tudo isto para ver a maior colônia de puffins da Islandia, um pássaro muito bonitinho que tem por aqui. Eu achei que chegaríamos lá e veríamos uma enorme colônia deles, prontinhos, nos esperando e posando para fotos. Hahahahahahaha

Mas, claro,  não foi bem assim. O lugar estava vazio porque todos estavam voando, fazendo o que quer que seja que fazem. Deu para ver um ou 2 de longe, o que foi legal, mas fiquei meio despontada.

Aqui que eles vivem

Bonito né?

Foto Google: bonitinhos né?

O arquipélago é composto de 14 ilhas, sendo que apenas a Heimaey é povoada (amis ou menos 7500 habitantes e a maior renda per capita da Islândia).   

Fica localizada entre dois vulcões. Na última erupção 30% da ilha foi destruída pelas lavas. Gente, porque as pessoas continuam morando neste lugar, com vulcôes e ventos fortes?

Cidade entre dois vulcões
Casa tomada pelas cinzas do vulcão

Um dos vulcões


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Cidade Simpática
Finalmente, de volta a Reykjavik, antes de iniciar minha próxima parada: trabalho pelas próximas 3 semanas, um pit stop para comer um hot dog, iguaria muito apreciada por aqui. 

Fui no Bæjarins Beztu Pylsur, o vendedor de hot dogs mais antigo da Islândia, operando desde 1937 e eleito o melhor hot dog da Europa. O lugar ficou famoso, pois o presidente Bill Clinton passou por aqui durante sua visita e disse ser melhor que o hot dog americano..... e, apesar de não ser nada fã de hot dogs, tenho que admitir, é maravilhoso.


Também topei um desafio bem interessante: entrar no mar gélido de Reykjavik!!!!! São apenas 10 graus e realmente exige muita força mental para encarar.  O começo vai, mas aos poucos as pernas ficam dormentes e você não sente mais os pés.


O bom é que ali do lado tem uma providencial piscina termal, aí você esquenta rapidinho.....

Apressadinho na foto hahahahaha

Acabaram as férias da Islândia, começo o trabalho, 3 semanas de trampo..... depois conto como foi...

Ah, e minhas crianças da Mammadu continuam com a bola toda

Saudades destes pequenos :-)