terça-feira, 23 de junho de 2015

Borgarnes - Conhecendo almas coloridas

Bom dia!

Esta foi minha primeira semana de trabalho aqui na Islândia!

Bem, como por aqui não é necessário o trabalho de ONGS, descolei trabalhos num site chamado Workaway. Funciona assim: em troca do seu trabalho, são oferecidos alimentação e acomodação.

Meu primeiro trabalho foi na semana passada. Fiquei 6 dias numa pequena cidade costeira, ao norte de Reykjavik, chamada Borgarnes. A cidade é pequenina, com menos de 2 mil habitantes.

Foto Google

É uma cidadezinha onde todos se conhecem, se ajudam e se cumprimentam. Os pessoas são muito simpáticas, a vizinhança unida e, de uma certa forma, são adoravelmente ingênuos, muito diferente de uma cidade grande. Amei a semana que passei por lá.


Beira do mar


Símbolo da Cidade
Tranquilidade da vizinhança
Detalhe de um dos jardins. Não é fofo demais?

Trabalhei para uma pintora chamada Michelle Bird. Ela é de origem sino-americana e vive na Islândia há dois anos. Uma pessoa alto astral, sorridente, determinada e com alma de artista. Cabeça meio na terra meio na lua.


Foto Facebook

A casa dela é incrível, cheia de grandes janelas, com uma vista de tirar o folego.

Vista da sala

         


O trabalho consistia em ajuda-la no que fosse necessário. Como ela aluga quartos da casa dela para o airbnb, grande parte do trabalho era gerenciar as acomodações, receber os clientes explicando o funcionamento da casa, e fazer a arrumação de tudo quando estes partiam, preparando o quarto para os próximos clientes. Tipo camareira hahahahahaha

Fazíamos em duas, então ia rapidinho. Nada difícil ou cansativo, ocupava entre 3 e 4 horas diárias.
Devo confessar que ela ficou impressionada com o padrão brasileiro de "arrumação".

Num dos dias ela deu um workshop para um grupo de professores de diversas partes da Europa. Neste dia fui mais como sua assistente e fotógrafa,



Também pude ajuda-la com suas pinturas e foi muito divertido. Em Borgarnes todo ano há uma "competição" entre vizinhanças para ver qual delas faz uma decoração  mais legal. Este ano a Michelle se propôs a pintar um mural para a vizinhança vermelha, da qual faz parte.

Fase inicial da construção do mural

E eu, com alguns vizinhos, ajudamos a pintar. Foi muito divertido, deu para conhecer e se relacionar com as pessoas e principalmente com as crianças, que são muito sociáveis e desenvoltas.

O mural é uma mulher lendo um livro. No quadrado do mural estará escrito um trecho do livro que, claro, é um pedação da saga de Egil Skallagrimson, um famoso Viking.

Ajudando a pintar - reparem, de manga curta!!!!!!
Discutindo o projeto com a vizinha
Final do dia 1
Tudo tem que estar pronto até quinta dia 25, quando o juri vai decidir qual vizinhança se sobressaiu e melhor representou a cidade. Depois eu posto uma foto da obra concluída e resultado final.

Outra coisa que amei foi que a gata da Michelle teve cria de 4 gatinhos. Eles estão com 6 semanas e aprontam bastante. Foi uma delicia estar rodeada de filhotes.


 

Foi uma semana muito interessante e diferente e amei minha primeira experiência no workaway. Eu ia ficar com ela 2 semanas, mas como ela teve alguns imprevistos pessoais, acabei ficando apenas 1 semana, de forma que agora tenho alguns dias livres antes da próxima experiência de workaway.

Mas adorei cada minuto, ela é um destes seres encantados que andam por aí, e aprendi a ser mais leve e menos preocupada com as coisas (será?). Obrigada por partilhar sua vida e seu vinho :-)

Ah, e como ela vai iniciar uma nova etapa em sua vida, desejo toda a felicidade do mundo ao novo casal!

Beijocas em todos

quarta-feira, 17 de junho de 2015

Islandia, terra do gelo e do fogo

Pessoal

Bom dia gelado daqui do norte do planeta!


Minha primeira impressão daqui foi chocante: um dia muito frio, chuvoso e com ventos fortes que faziam a sensação térmica ser ainda pior. Tive que me controlar para não voltar correndo para dentro do avião!

Foto Google

Passado o choque inicial, e reafirmada a determinação de estar aqui para o que der e vier, algumas questões práticas: comprar roupas que aguentassem o frio daqui!

Isto não é uma tarefa fácil, uma vez que a moeda daqui é extremamente valorizada. Um onibus, por exemplo, custa R$ 10, uma cerveja, R$ 28, uma sopa básica R$ 55 e uma roupa de frio nova, a bagatela de  R$ 1.500

Não disposta a pagar tudo isto, saí a caça de roupas de segunda mão e encontrei esta dupla, que vem sendo muito eficaz: a malha é feita de lã de carneiro e é muito típica daqui, todos eles usam. O casaco é para proteger do vento e da chuva. Tenho ficado bem quentinha! Em compensação sairei em todas as fotos com estas duas peças hahahahaha uso intensivo!



Agora, devidamente protegida, pude apreciar este país. Esta primeira semana foi basicamente de turismo e conhecer lugares e pessoas.

Na mesma casa do airbnb em que me hospedei conheci a Thirza, uma alemã muito simpática, Como ela já estava aqui a mais tempo que eu, foi ela quem me mostrou as belezas de Reykjavik.

Thirza

É uma cidade singela, fácil de se locomver e conhecer. O povo é acessível e tranquilo. O ritmo da cidade é lento, aproveitando cada momento, sem o estresse da cidade de São Paulo (embora eles não saibam disto e considerem a cidade estressante, sabem nada hahahahahahaha)

O país tem 320 mil habitantes, sendo que 120 mil vivem em Reykjavik.

Eles tem um humor particular, que se mostra nas pinturas das paredes das casas. Muitas casas tem estas pinturas e é bem legal de andar e ficar olhando e viajando....

Um povo assim só poder ser divertido!





Eles estão bem cientes do frio que faz aqui e até tiram sarro:

O patio será aberto quando a temperatura chegar a "cozinhantes" 5 graus!

E gostam muito de esculturas. Fui ao museu Einar Jónsson, um famoso escultor islandes. As obras são incriveis, gostei de cara. Depois vim a saber que ele se inspirou em Rodin, meu segundo escultor favorito (logo atrás de Camille, claro)


                 




Esta é uma igreja que domina a paisagem da cidade e achei particularmente bonita.



Ela é simples e elegante. Apesar de simples, tem bastante presença.

Enfim, achei Reykjavik muito particular, diferente de qualquer outra cidade na qual já tenha estado.

                               



Depois de uns dias, um amigo meu de longa data, Fernando, se juntou a nós. Alugamos um carro e fomos conhecer as cidades próximas.

Uma das primeiras paradas foi o que eles chamam de Golden Circle, composto do Geyser Strokkur, a cachoeira Gulfoss e Thingvellir, um parque nacional onde se pode ver as placas tectônicas do continente europeu e americano (que se afastam alguns centímetros todos os anos).

Dizem que o mergulho neste lugar é incrível, mas para faze-lo antes deve-se fazer um curso de "Dry Suit", que é uma roupa especial, desenhada para mergulhos em águas gélidas. Tudo fica um tanto exorbitante, então me contentei em olhar de forma da agua mesmo :-)

Foto Google (é impossível tirar uma foto assim!)

Thingvellir - placas tectônicas de dois continentes


Gulfoss - Fernando e eu

Como seria o dive na fenda de Silfra - pode-se ver os dois continentes.

Uma das coisas mais legais que acho daqui é o dia ser compriiiiidooooo. Não existe aquela "pressão" de estar anoitecendo. Não anoitece nunca! E eu, pessoa diurna que sou, adoro! Tá certo que mexe um pouco com o metabolismo e tenho tido uma certa dificuldade em pegar no sono mas, é muito legal ter tantas horas para fazer tudo o que deseja.

Esta foto foi tiradas as 23:45, e olha o sol lá, ainda presente.


Nos clubes eles poe cortinas nas janelas para parecer de noite e dar uma clima :-), muito engraçado.


E depois de tantos dias sem sol, eis que este resolve aparecer e tivemos dois dias lindos, de sol quente. No Sábado fomos para o norte da ilha e no Domingo para o Sul. São paisagens bem distintas e igualmente interessantes, mas achei o sul mais legal.

O Norte é mais inóspito, mais gelado, com paisagens incomuns para nós, tupiniquins:

Norte

Norte
Norte

O Sul é mais verdejante, com muitas cachoeiras e vulcões:

Seljalandfoss - è bem legal pois pode-se andar por trás da cachoeira e ter uma visão 360!

Skógafoss


Skógafoss vista do alto

Fomos também a uma cidade chamada Vik que tem uma linda praia negra e gélida....

Praia Negra - Vik

Cidade Vik

Coluna hexagonais - foto google
Finalmente, no último dia em Reykjavik, fui conhecer a famosa Lagoa Azul, um SPA geotermal. è muito louco pois fora da água a temperatura é fria demais, com vento forte mas, uma vez dentro da água, tudo é quentinho, e gostoso, e relaxante. Mas mergulhar nas águas cheias de sílica deixou meu cabelo duro (literalmente) até hoje, Não muito SPA pro meu gosto...

É considerada uma das 25 maravilhas do mundo e está situado em um campo de lava, por isto a paisagem desoladora ao redor.

Foto Google, num dia mais bonito :-)

Ah, e isto aqui eles comem direto. Chama-se Skyr e é uma espécie de iogurte muito consistente, com alto teor protéico e pouca gordura, e faz parte da alimentação deles desde a idade média! Adoro!!!!



Ah! E eles tem até uma caixa de correio para o Papai Noel!



Esta semana comecei no meu primeiro trabalho, e depois conto para vocês! That´s all folks!