domingo, 26 de abril de 2015

Notícias da Cidade

Olá a todos!

O ser humano realmente é bastante adaptável. Já se foram quase 2 semanas de estadia na Namíbia e as coisas começam a entrar na rotina diária e já me sinto em casa. Consigo até me imaginar trabalhando e morando por aqui.

Algumas vezes por semana vou correr, o que é ótimo para conhecer mais e mais a vizinhança. Mas tudo é tão cheio de sobe e desce que as perninhas ficam cansaaaaadas. Espero que fiquem durinhas também! Hahahahahaha

Aos Domingos faço ioga, e até descolei um lugar para aprender alemão e outro para praticar tennis. Mas decidi não fazer nenhum dos dois. Um, eu não teria tempo de aprender e o outro... bem deixa para quando eu voltar ao Brasil :-)

Fui conhecer o centro da cidade que é bem pequeno mas bastante bonito e limpo. O centro tem uma boa mistura de turistas e locais, e mescla lojas de luxo  com outras de preços mais acessíveis, ficando uma combinação interessante. É como se juntasse o centro de São Paulo com os Jardins numa mesma área.


Esta é a Christuskirche (ou Igreja de Cristo), foi construída em 1907 e é um dos marcos da cidade, ficando no alto e podendo ser vista de diversos pontos. Sempre a uso como referência para não me perder. 

Logo ao lado fica o Museu Nacional da Namíbia, estabelecido num antigo forte, provavelmente uma das construções mais antigas da Namíbia, datando de 1890. 


Pelo que pesquisei no google, contém  coisas interessantes sobre a história da Namíbia, mas eu só encontrei turistas e este cavaleiro, que já viu dias melhores.


Praticamente grudado a este museu tem o Museu da Independência, um moderno prédio que domina a paisagem. É interessante ver duas construções tão antagônicas, uma ao lado da outra! Ao subir você tem acesso ao um terraço com uma bonita vista de Windhoek.


Este senhor aí na frente é o Sam Nujoma, primeiro presidente e "fundador" da Namíbia, uma das peças chaves na Independência deste país, conquistada a duras penas em 1990 da África do Sul, que matinha o país sob o terrível Apartheid. 

A história do país é bonita e triste. Os sul africanos fizeram muito mal, piores que os colonizadores alemães, destruindo toda a estrutura societária. Em contrapartida, deixaram estradas e o único porto que possuem, em Walvis Bay.


Olha a igreja lá ao fundo..... 

No meio do centro da cidade tem um parque, chamado de Zoo Park. É legal ter um espaço tão verde em pleno centro. E as pessoas ficam lá, sentadas, conversando. Muito agradável mesmo.



Outro ponto turístico interessante é o Namibia Craft Center, uma antiga cervejaria que agora abriga um centro de artesanato muito bonito. Cada coisa legal que vende lá! Pena que não tenho como comprar e carregar pelo resto da viagem.




Na parte de cima, existe um café onde pode-se comer coisinhas leves e gostosas. Hoje experimentei um wrap vegetariano muito saboroso! Aliás, ser vegetariana aqui é difícil pois como eles produzem muitas poucas coisas, quase todos os legumes, verduras e frutas são importados da África do Sul e acabam custando muito caro :-O


Uma coisa ruim... fui roubada. Marquei bobeira nas ruas e algum gatuno abriu minha mochila sem eu perceber e roubou minha carteira. Ainda bem que só tinha um cartão de crédito, o dinheiro estava em outro lugar. Agora estou esperta, prendi o zíper e só a carrego na frente. Quero ver mecherem nela agora!



E para não deixar de dar notícias das minhas crianças, esta semana levamos o Kevin ao oculista. Ele estava apavorado. Dissemos várias vezes que não ia doer, que não ia ter injeção, mas ele continuava com muito medo. No final viu que nada aconteceu e voltou a sorrir, orgulhoso dos seus óculos novos que o deixaram com cara de "Doutor".


Tudo é pago pela Mammadu: dentistas, médicos e até mesmo escola privada para as crianças maiores. A Agnes realmente é uma Mamma :-)

A novidade desta semana foi este kit, que eu não conhecia e que fez o maior sucesso entre a meninada. Confesso que também me diverti fazendo braceletes.... é uma boa brincadeira! Me distraí tanto que esqueci de tirar foto deles brincando hahahahahaha




Tenho ajudado a cozinheira, a querida Mamedina. Ela acabou gostando bastante de mim, e já disse que vai sentir muitas saudades. è uma fofa, de cara brava e coração mole, e uma das peças fundamentais da Mammadu.


Aqui ela quis provar meus óculos, para ver se também ficava com cara de "doutora". :-) :-) :-)

Esta semana levaremos as crianças a uma piscina pública aqui de Windhoek, e organizarei uma sessão cinema\pipoca, depois conto como foi!

beijos e até a semana que vem!

domingo, 19 de abril de 2015

Olá a todos, ou Hallo almal, em africâner J


Esta semana foi cheia de emoções e descobertas. Comecei no trabalho na quarta-feira da semana passada. Estava bastante ansiosa para o primeiro dia, mal dormi a noite, parecia uma criança esperando o aniversário! Hahahahahahaha. 

O trabalho é na ONG Mammadu Trust, que assiste crianças em estado de pobreza e necessidade, oferecendo pré-escola para crianças de 4 a 6 anos de idade, no período da manhã (das 7:00 as 12:00), e suporte escolar para crianças de 6 a 14 anos, no período da tarde (das 13:00 as 17:00), totalizando 40 crianças.


Além do suporte educacional são oferecidos o café da manhã, lanche da manhã, almoço e lanche da tarde, água limpa, e atividades recreacionais, sendo que para muitos, é a única refeição decente que comem.

Este é o balanço deles. Num conceito bem ecológico, de reciclagem total :-)



Mammadu fica localizada em Otjomuise, na periferia de Windhoek. Um prédio simples, mas eficiente, um oásis no meio de um bairro muito pobre.



Lembra as nossas favelas (miséria é miséria em qualquer parte), com muitas pessoas vivendo na mesma casa, feita em alumínio e que lembra um container. Como a população é menor e a área disponível maior, é um tanto mais organizado que no Brasil. Mais limpo também. No entanto não tem energia elétrica, água encanada ou saneamento básico (e não tem “gato”). Vivem em uma grande pobreza e a violência é alta.



Na verdade, em muitos aspectos a Namíbia lembra o Brasil, com os brancos, mais bem educados, dominando os melhores cargos e salário, e os negros, sem uma boa base educacional, tendo acesso aos empregos mais básicos. Mas, diferentemente do Brasil, aqui existe pouca miscigenação, então os brancos são bem brancos e os negros bem negros.

O trabalho na ONG começa às 10 da manhã quando o professor libera as crianças pequenas da aula. Consiste basicamente em ajudar a servir o lanche e a brincar com elas até a hora do almoço. Não é um trabalho difícil mas, quem tem criança pequena sabe, é bastante cansativo. Elas têm muita energia! hahahahahahaha.



Na parte da tarde o trabalho é servir o almoço, ajudar na lição de casa, tirando dúvidas que possam ter, e depois brincar e conversar com eles. Na turma da tarde a interação é diferente, pois são maiores, já dominam mais o inglês, e podemos conversar. Tento não invadir muito o espaço pessoal de cada um, mas na medida do possível faço perguntas sobre suas vidas, família etc....


Eles têm vida difícil, muitos dos pais têm problemas com bebida, possuem irmãos de diferentes pais e violência doméstica e sexual é comum. Tem tantos irmãos que o carinho físico nem sempre acontece, assim uma das coisas que mais gostam é ficar grudados na gente, fazendo e recebendo carinho. São muitos carinhosos e educadinhos. Alguns são portadores de HIV e este é sempre um tema recorrente na ONG.

Eles têm poucas roupas, é comum usarem a mesma roupa vários dias seguidos, e a maior parte delas tem furos e rasgos. 


As crianças, principalmente as maiores, piraram nas minhas tatuagens e passei a semana inteira desenhando tatuagens com canetinha nelas. Queria iguais as minhas! Muito fofas.

Além de mim existem outras 3 voluntárias, todas alemãs (aliás a cidade é recheada de alemães), estudantes de International Social Work, fazendo um tipo de estágio para a faculdade. São todas bem novinhas. 


Na quinta-feira uma TV italiana ia fazer um documentário lá. As crianças ensaiaram durante semanas uma peça de teatro sobre Rinocerontes e porque não se deve mata-los. Na Namíbia é crença popular que o chifre do rinoceronte tem poderes de cura milagrosos, assim eles são mortos para que os chifres sejam retirados. O teatrinho era sobre isto, sobre o chifre não ter poderes de cura e que os rinocerontes devem viver.


No último instante a TV ligou para dizer que não daria para ir, pois iam num centro de artesanato fazer compras. Eu entendo que comprar artesanato local quando se está aqui é uma oportunidade única, mas as crianças iriam ficar tão desapontadas…. Elas estavam arrumadinhas, muitas com sua melhor roupa, e muito ansiosas pois treinaram bastante e o dia era muito aguardado.


A Agnes, dona da ONG, conseguiu convence-los, após um pequeno apelo emocional, e eles acabaram aparecendo. Foi lindo demais. Vê-los ali, dizendo as falas que treinaram tanto, um tanto nervosos com a filmagem mas dando o melhor de si, apesar de toda a pobreza em que vivem, usando figurinos de cartolina e cortinas e sentindo-se tão felizes foi muito emocionante. Chorei e me apaixonei por cada um deles!





Aqui uma foto de como eles pintam os meninas e meninos do caderno de colorir: são todos marrons, como eles. Achei o máximo!



 No próximo blog, mais sobre Windhoek!

terça-feira, 14 de abril de 2015

Primeira Impressão


A viagem de avião foi tranquila, na medida em que isto pode ocorrer em aviões. Sou destas que não consegue dormir direito quando sobrevoando a terra, aliado a uma diferença de fuso horário de 5 horas, que me fez ter sono apenas quando já estávamos pousando, Sem conseguir dormir, o jeito foi ver os filmes disponíveis. Acabei assistindo a "The imitation game" e " Wild", ambos interessantes.

No aeroporto os taxistas ficam te esperando na sala de desembarque, oferecendo os serviços. Os taxis não são identificados como tal e deu um medinho de entrar numa roubada (ah, este medo com que convivemos diariamente no Brasil e que levamos a todo canto), mas deu tudo certo. A viagem é de 40 kilometros do aeroporto até o bairro onde estou hospedada e o tempo todo, ao redor da estrada, você ve vegetação selvagem. Não tem casas ou ruas, congestionamento ou confusão. Me senti no meio da savana, e até me esforcei para ver alguma girafa dando um rolê até o aeroporto :-) . Bem diferente da amada São Paulo.

Windhoek é a capital da Namíbia e meu lar pelos próximos 30 dias. Significa "canto do vento", assim eu esperava que ventasse bastante, mas até agora nada.....Tem 230 mil habitantes e foi fundada em 1.890. O bairro onde estou se chama Klein Windhoek, é um bairro residencial, com casas muito bonitas, perto do centro de Windhoek. Aqui uma visão do bairro:



Estou hospedada numa casa incrível, tipo "Casa Claudia" que encontrei no airbnb. Estava na dúvida se ficava em um hostel mas acabei optando, neste início de viagem, pelo quarto de uma casa. Até o momento, sem arrependimentos :-)

Esta é a casa:




Esta é a vista da varandinha do meu quarto:


e aqui a piscina da casa, tipo borda infinita:


Meus anfitriões são o Rolf e o Armand, um casal muito legal e atencioso, descendentes de alemães (a norma por aqui). O Rolf em especial é um anfitrião destes que fazem tudo para você se sentir em casa. Quando tiver mais afinidade quem sabe posto uma foto da dupla. Eles possuem 7 lindos cães labradores que não param quietos para que eu possa tirar foto deles juntos. Aqui vão alguns deles:



É uma festa cada vez que entro ou saio de casa. Bom, assim me fazem companhia :-)

Hoje dei uma volta pelo bairro e conheci um pouco a vizinhança. Tudo é feito para os carros, e calçadas quase não acontecem. O espaço para elas até existe, mas não são pavimentadas, e assim ficam cheias de pedras. Uma aventura andar por elas! E a gente reclama das nossas....

No fim da tarde fui com o Rolf levar os cachorros para passear num lugar que ele definiu como Dam. Não tenho ideia do que significa isto, mas é como um parque. Enquanto ele andava com eles eu dei uma corridinha, pelas trilhas pedregosas e árvores espinhudas. Voltei com alguns arranhões mas valeu a pena hahahahahaha.

Amanhã é meu primeiro dia de trabalho. A Agnes, dona da ONG, irá passar para me pegar e irmos juntas, assim estou um pouco menos nervosa. Não vejo a hora de ver minhas crianças e saber o que vou fazer..... depois conto tudo.

Aliás este foi um tema com o pessoal da imigração no aeroporto: " Como assim você não sabe exatamente o que fará na ONG? Como assim você sai do Brasil para vir para a Namíbia e não sabe as especificidades da sua função?". Bem, confiei né? Vamos ver o que acontece :-)

E para terminar, só por curiosidade mesmo e porque isto me deixou maluca por alguns dias, aqui vai minha mala. Consegui caber todinha em uma mala destas que cabem na cabine do avião, e mais uma mochila que usava para carregar as coisas do tennis (assim trago ele comigo também). Muito orgulhosa de mim mesma, que sou do tipo que leva o guarda roupa inteiro para um fim de semana na praia (e não uso nem um terço). 


                                                                  mala por dentro



                                                                     mala por fora



                                                                       mochila gordinha



beijos e até!

sexta-feira, 3 de abril de 2015

Minha Grande Bobagem

Minha grande bobagem.

A viagem se aproxima rapidamente e sou tomada por um turbilhão de emoções mais parecido com uma montanha russa. Diversos sentimentos se alteram numa velocidade enorme e me sinto um tanto ansiosa com tudo. Me pus a comer feito uma louca, literalmente, comendo as emoções hahahahaha.

As últimas semanas foram de preparação e da lista original de tarefas a fazer sobraram 3 grupos:

1) Para a viagem: simular a mala, definindo as roupas a levar. Lavar todas e fazer a mala de fato. Definir quais medicamentos levar e comprar na farmácia. Tirar fotos tamanho visto para eventuais imprevistos, xerocar passaporte e comprar cadeados para a mala.

2)   Ir no periodentista (terça), cabelereiro (quinta) e manicure (sexta).

3)  Acabar de empacotar o que falta (sábado).

Esta semana já empacotei quase que minha casa toda. Uma loucura. A pouco mais de 1 ano da minha última mudança, cá estou eu mudando tudo de novo. E quem já passou por mudança sabe que é enlouquecedor. E esta tem um sabor diferente pois não estou mudando de casa, mas sim me desfazendo da minha, então é um tanto emotivo também.

Andei fazendo também happy hours e almoços de despedida, de amigos e pessoas tão queridas, que me dão tanto amor que fico numa mistura de sentimentos. De um lado de coração cheio e feliz por te-las na minha vida, participando comigo e de outro triste, pois em breve estarei sozinha por aí. Até me perguntei porque é mesmo que estou indo? Porque deixar uma vida tão boa, uma boa empresa, salário, bons amigos, um namoro tão antigo e que amo tanto, e  a família???? Será que busco um “sonho de uma noite de verão”?

Esta é uma pergunta de resposta difícil que até agora não consegui pôr em palavras exatas. É um sonho, um chamado da alma, uma inquietude que trago comigo a tanto tempo, até que chegou num ponto em que não pude mais ignorar.

Mas não sei bem o que busco, o que espero. Quer dizer, busco crescimento pessoal, espiritual, ver outras culturas, estar em contato com outra gente, ajudar nas ONGs, contribuir ao mundo e retribuir um pouco do que ganhei até agora. 

Busco voltar uma pessoa melhor que saí. Mas são objetivos etéreos e tenho medo de ir e voltar sem nada disto, exatamente igual. Sei que só depende de mim conseguir tudo isto, e para tal, meu compromisso, que reafirmo todos os dias é: ABRIR-SE AO MUNDO.

Tenho uma tendência solitária, de me isolar, me fechar um pouco e é exatamente este muro que quero romper. Quero abraçar a experiência de coração aberto, pro bom e pro ruim, deixar as pessoas chegarem em mim, não me proteger tanto, sei lá.....


Acho também que é um suspiro da maturidade. Envelhecer faz parte da vida e sou grata por ter a oportunidade de passar por isto, mas não é exatamente fácil. Envelhecer traz coisas ótimas e sem dúvida alguma me sinto melhor hoje, quase aos 42, do que aos 20. Mas também significa perda de vitalidade, de juventude, de viço, de beleza (ao menos da beleza que estava acostumada até agora).

Um dia olhei no espelho e foi muito aquela canção: “Já não tenho mais a cara que eu tinha, no espelho esta cara não é minha....” Modéstia à parte, eu fui uma pessoa considerada bonita e como foi algo com o qual eu nasci, acabei me acostumando e nem pensando muito nisto. Estar perdendo esta beleza da juventude exige mudança e adaptação.

Decidi não querer buscar a beleza eterna, com plásticas e tratamentos que na verdade não impedirão o inevitável de ocorrer, decidi me reinventar e descobrir quem eu sou bem além da aparência. Como me relacionar com o mundo quando a pele estiver seca e enrugada, a gordurinha na cintura, a lentidão nos movimentos? Ainda estou longe disso tudo, mas se não me preparar agora, de repente terei 60 anos, vivendo ainda como se tivesse 30, e isso eu não queria.

Ver minha avó envelhecer, estar minguando, morrendo, me trouxe também a consciência de que a vida é breve e acaba. Para todos. Trouxe minha própria mortalidade.

O primeiro passo foi cortar o cabelo, já no final de 2013. Sempre tive cabelo comprido e encarava o tamanho como parte da minha sedução. O roçar do cabelo nas costas, o jogar o cabelo comprido para trás, assim, meio coquete. Por incrível que pareça cortar o cabelo me fez ter que rever gestos e cacoetes tão familiares a mim, que já os confundia comigo mesa. Foi libertador. Eu não sou meu cabelo. Óbvio né? Mas mesmo assim foi preciso coragem. Só quem é mulher e tem cabelo comprido, pode entender esta relação muito louca que temos com nosso cabelo.

E esta viagem é mais um passo nesta direção: quem sou eu, de fato, no âmago? Quem é minha alma? Quem é esta pessoa além das máscaras que usamos no trabalho, na sociedade, da beleza externa, da maquiagem, do esporte, da competência profissional? Quem é esta que vai envelhecer comigo? Quem?



Não sei se descobrirei nesta viagem ou não, mas espero que dê os passos para que sim. Que ao carregar uma mochila com poucas coisas na bagagem, tenha poucos artifícios para me esconder atrás do que quer que seja, e que possa me descobrir de fato. Que ao ajudar os outros, possa me ajudar, e assim possa voltar mais completa, mais preparada, mais pronta. Sei lá.....talvez seja isto tudo uma grande bobagem. Mas é minha grande bobagem!

E para terminar, um trecho de música que acho linda, cantada pela Leila Pinheiro:

“Viver é afinar o instrumento
De dentro pra fora
De fora pra dentro
A toda hora, todo momento
De dentro pra fora
De fora pra dentro”



Obrigada a cada um de vocês, que fazem parte da minha vida, que me deram tanto amor nestes encontros de despedida. Amo muito todos e os levo comigo no coração.